quarta-feira, 5 de março de 2014

"Bom mesmo é quando encontramos alguém que pode até ser bonito por fora, mas que nos arrebata mais ainda por ser maravilhoso por dentro."
Letícia Bolzon Silva 
Beijos Be

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Organização e tempo

Oi

 sei que faz tempo que não escrevo aqui. Peço desculpas, caso exista alguém lendo isso.
Entre tantas coisas novas acontecendo na minha vida, senti falta do meu antigo refúgio.

Ontem fui à uma reunião e ouvi a seguinte frase: "Com organização e tempo, acha-se o segredo de fazer tudo e bem feito." (Pitágoras) Muita esclarecedora a meu ponto de vista. Tudo que nos falta é organização, é foco. Eu mesma neste semestre me propus a participar de milhares de coisas, e veja só não estou desempenhando bem minhas funções. Acho que todos deveríamos analisar cada ponto de nossa vida e dar prioridade para as tarefas mais urgentes, "temos todo o tempo do mundo" e estamos recém aprendendo a ser gente grande. Minha reflexão é que devemos sempre nos organizar, viver e ser felizes fazendo uma coisa de cada vez, claro, fazendo-as bem feitas. 

Uma música para este dia: 




Boa semana!

Beijos, Betina Suziellen 

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Nosso tempo


644464_507604995954770_285276366_n_largeI
Esse é tempo de partido,
tempo de homens partidos.

Em vão percorremos volumes,
viajamos e nos colorimos.
A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua.
Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos.
As leis não bastam. Os lírios não nascem
da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se
na pedra.

Visito os fatos, não te encontro.
Onde te ocultas, precária síntese,
penhor de meu sono, luz
dormindo acesa na varanda?
Miúdas certezas de empréstimos, nenhum beijo
sobe ao ombro para contar-me
a cidade dos homens completos.

Calo-me, espero, decifro.
As coisas talvez melhorem.
São tão fortes as coisas!
Mas eu não sou as coisas e me revolto.
Tenho palavras em mim buscando canal,
são roucas e duras,
irritadas, enérgicas,
comprimidas há tanto tempo,
perderam o sentido, apenas querem explodir.

II
Esse é tempo de divisas,
tempo de gente cortada.
De mãos viajando sem braços,
obscenos gestos avulsos.

Mudou-se a rua da infância.
E o vestido vermelho
vermelho
cobre a nudez do amor,
ao relento, no vale.

Símbolos obscuros se multiplicam.
Guerra, verdade, flores?
Dos laboratórios platônicos mobilizados
vem um sopro que cresta as faces
e dissipa, na praia, as palavras.

A escuridão estende-se mas não elimina
o sucedâneo da estrela nas mãos.
Certas partes de nós como brilham! São unhas,
anéis, pérolas, cigarros, lanternas,
são partes mais íntimas,
e pulsação, o ofego,
e o ar da noite é o estritamente necessário
para continuar, e continuamos.

III
E continuamos. É tempo de muletas.
Tempo de mortos faladores
e velhas paralíticas, nostálgicas de bailado,
mas ainda é tempo de viver e contar.
Certas histórias não se perderam.
Conheço bem esta casa,
pela direita entra-se, pela esquerda sobe-se,
a sala grande conduz a quartos terríveis,
como o do enterro que não foi feito, do corpo esquecido na mesa,
conduz à copa de frutas ácidas,
ao claro jardim central, à água
que goteja e segreda
o incesto, a bênção, a partida,
conduz às celas fechadas, que contêm:
papéis?
crimes?
moedas?

Ó conta, velha preta, ó jornalista, poeta, pequeno historiados urbano,
ó surdo-mudo, depositário de meus desfalecimentos, abre-te e conta,
moça presa na memória, velho aleijado, baratas dos arquivos, portas rangentes, solidão e asco,
pessoas e coisas enigmáticas, contai;
capa de poeira dos pianos desmantelados, contai;
velhos selos do imperador, aparelhos de porcelana partidos, contai;
ossos na rua, fragmentos de jornal, colchetes no chão da
costureira, luto no braço, pombas, cães errantes, animais caçados, contai.
Tudo tão difícil depois que vos calastes...
E muitos de vós nunca se abriram.

IV
É tempo de meio silêncio,
de boca gelada e murmúrio,
palavra indireta, aviso
na esquina. Tempo de cinco sentidos
num só. O espião janta conosco.

É tempo de cortinas pardas,
de céu neutro, política
na maçã, no santo, no gozo,
amor e desamor, cólera
branda, gim com água tônica,
olhos pintados,
dentes de vidro,
grotesca língua torcida.
A isso chamamos: balanço.

No beco,
apenas um muro,
sobre ele a polícia.
No céu da propaganda
aves anunciam
a glória.
No quarto,
irrisão e três colarinhos sujos.

V
Escuta a hora formidável do almoço
na cidade. Os escritórios, num passe, esvaziam-se.
As bocas sugam um rio de carne, legumes e tortas vitaminosas.
Salta depressa do mar a bandeja de peixes argênteos!
Os subterrâneos da fome choram caldo de sopa,
olhos líquidos de cão através do vidro devoram teu osso.
Come, braço mecânico, alimenta-te, mão de papel, é tempo de comida,
mais tarde será o de amor.

Lentamente os escritórios se recuperam, e os negócios, forma indecisa, evoluem.
O esplêndido negócio insinua-se no tráfego.
Multidões que o cruzam não vêem. É sem cor e sem cheiro.
Está dissimulado no bonde, por trás da brisa do sul,
vem na areia, no telefone, na batalha de aviões,
toma conta de tua alma e dela extrai uma porcentagem.

Escuta a hora espandongada da volta.
Homem depois de homem, mulher, criança, homem,
roupa, cigarro, chapéu, roupa, roupa, roupa,
homem, homem, mulher, homem, mulher, roupa, homem,
imaginam esperar qualquer coisa,
e se quedam mudos, escoam-se passo a passo, sentam-se,
últimos servos do negócio, imaginam voltar para casa,
já noite, entre muros apagados, numa suposta cidade, imaginam.
Escuta a pequena hora noturna de compensação, leituras, apelo ao cassino, passeio na praia,
o corpo ao lado do corpo, afinal distendido,
com as calças despido o incômodo pensamento de escravo,
escuta o corpo ranger, enlaçar, refluir,
errar em objetos remotos e, sob eles soterrados sem dor,
confiar-se ao que bem me importa
do sono.

Escuta o horrível emprego do dia
em todos os países de fala humana,
a falsificação das palavras pingando nos jornais,
o mundo irreal dos cartórios onde a propriedade é um bolo com flores,
os bancos triturando suavemente o pescoço do açúcar,
a constelação das formigas e usurários,
a má poesia, o mau romance,
os frágeis que se entregam à proteção do basilisco,
o homem feio, de mortal feiúra,
passeando de bote
num sinistro crepúsculo de sábado.

VI
Nos porões da família
orquídeas e opções
de compra e desquite.
A gravidez elétrica
já não traz delíquios.
Crianças alérgicas
trocam-se; reformam-se.
Há uma implacável
guerra às baratas.
Contam-se histórias
por correspondência.
A mesa reúne
um copo, uma faca,
e a cama devora
tua solidão.
Salva-se a honra
e a herança do gado.

VII
Ou não se salva, e é o mesmo. Há soluções, há bálsamos
para cada hora e dor. Há fortes bálsamos,
dores de classe, de sangrenta fúria
e plácido rosto. E há mínimos
bálsamos, recalcadas dores ignóbeis,
lesões que nenhum governo autoriza,
não obstante doem,
melancolias insubornáveis,
ira, reprovação, desgosto
desse chapéu velho, da rua lodosa, do Estado.
Há o pranto no teatro,
no palco ? no público ? nas poltronas ?
há sobretudo o pranto no teatro,
já tarde, já confuso,
ele embacia as luzes, se engolfa no linóleo,
vai minar nos armazéns, nos becos coloniais onde passeiam ratos noturnos,
vai molhar, na roça madura, o milho ondulante,
e secar ao sol, em poça amarga.
E dentro do pranto minha face trocista,
meu olho que ri e despreza,
minha repugnância total por vosso lirismo deteriorado,
que polui a essência mesma dos diamantes.

VIII
O poeta
declina de toda responsabilidade
na marcha do mundo capitalista
e com suas palavras, intuições, símbolos e outras armas
prometa ajudar
a destruí-lo
como uma pedreira, uma floresta
um verme.  

Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 30 de abril de 2013

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Odeio estar loucamente apaixonado por ela, odeio quando ela dá aquele sorriso maravilhoso e acaba comigo ou quando ela dá aquela jogada de cabelo provocante e me deixa doido. Odeio como os joelhos dela são perfeitos, odeio como ela lambe os lábios antes de falar, odeio o som da risada dela, odeio a aparência dela enquanto ela dorme e odeio ouvir essa musica, porque toda vez me faz lembrar do pouco tempo que estive ao seu lado. Odeio como ela me faz sentir agora: como se ainda existisse ”nós”, como se meu mundo estivesse preso ao dela e de alguma forma qualquer coisa que ela faça não me faz deixar de gostar dela. Odeio quando ela cochicha em meus ouvidos e me faz arrepiar, odeio o jeito dela, odeio quando ela pisca pra mim como se estivesse me chamando quando na verdade não está. Odeio sonhar com ela e toda vez que acordar desejar do fundo do coração que ela esteja comigo todos os dias; odeio quando ela me abraça e meu coração começa a bater cada vez mais rápido e mais forte; odeio quando ela me beija e faz meu corpo todo estremecer; odeio a forma que a boca dela fica depois de uma risada. Odeio olhar nos olhos dela e não saber o que eles querem me dizer e odeio ver todos os filmes simplesmente por saber que sempre, todo sempre irei lembrar dela. Dizem que para esquecer alguém que você goste muito, você precisa transformá-lo em literatura. Sendo assim, escreverei livros a minha vida toda e mesmo assim não conseguirei me livrar de você.

500 days of Summer 



Beijos Betina

segunda-feira, 29 de abril de 2013

DESAPEGO

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"Soltar. Entregar. Deixar ir. Deixar partir. Fluir. Viver no presente. Sem o peso do passado, sem expectativas para o futuro. Saber de nossa finitude. Saber que somos passageiros. Sem posses. Sem medo. Sem culpas." (Encontrado no tumblr)


Galera, sei que sumi, mas a novidade que tenho é que estou indo para o Rio Grande do Sul fazer minha facul, estou bem feliz, e agora é foco. Então se der umas sumidas, perdoem-me. Forte abraço a quem está lendo, boa noite e claro uma ÓTIMA semana.

Beijos Be

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O avião de papel

Geeeeeeeeente, boa noite!

Vejam que estou mais ou menos de volta, estou desfrutando o prazer de algum tempo de ócio em minha bela casa e resolvi voltar para meu blog querido e amado haha Quero que vejam este vídeo, é um curta metragem que foi exibido ontem antes da sessão de cinema que fui assistir (Detona Ralph - que aliás é ÓTIMO deviam pegar um cineminha!)

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O curta se chama O avião de papel dirigido pelo diretor John Kahrs, o cara tem experiência tendo participado da animação de Os incríveis, Ratatouille e Monstros S.A.
O filme é envolvente, simples e expressa um sentido profundo, pelo menos foi isso o que senti. Assistam e me digam o que acharam. A imagem não é das melhores porque achei no youtube, maaas dá pra entender.


Boa noite , um grande beijo, Betina

domingo, 13 de janeiro de 2013

"Tudo aquilo que eu nunca te disse"




Nunca ninguém cantou em meu ouvido com uma voz tão bonita quanto a sua. Eles tentaram, se esforçaram, fizeram de tudo. Ninguém nunca me deu um colo como você também. Ninguém nunca me entendeu tão bem, ninguém nunca mais me reconheceu apenas pelo olhar, nem nunca souberem fazer o bolo de chocolate mais gostoso do mundo que você fazia. E olha que eu tentei encontrar isso em todos os que passaram por aqui. Porque eu nunca quis admitir que a minha maior intenção era te encontrar na esquina, te agarrar e dizer que você era todinho meu.
Eu tive chances. Eu poderia ter dito em uma de nossas brincadeiras. Entre um riso e outro, eu podia ter soltado, sem meias-palavras, sem rodeios, sem nada. Cheguei a planejar dizer enquanto você me abraça, enquanto me olhava ou enquanto jurava para todo mundo, no mais alto e bom som que eu podia ouvir, que nós não passávamos de apenas bons amigos. Eu odiava quando você falava de nossa amizade. Odiava.
Eu podia ter falado quando seu primeiro namoro chegou ao fim. Seu coração estava despedaçado e foi nos meus braços que você veio se socorrer. Aliás, você sempre me usava como colete salva-vidas. E eu fazia de tudo para não me apoiar em você também. Porque sabia, na hora que você decidisse ir embora e me deixar para trás, eu inevitavelmente acabaria afundando sem possibilidade de socorro. Eu sabia o quanto eu dependia de você. Sempre soube.
Mas eu sempre te deixava escapar. Deixava as chances fugirem. Outros momentos viriam, outras oportunidades apareceriam. Eu tentava me convencer. Eu não te queria em pedaços, com rachaduras de outros desamores. Eu te queria inteirinho. Eu-queria-você-para-mim. Quem dera você pudesse ter reparado sem que eu precisasse ter dito com todas as palavras. Quem dera você tivesse visto nas vezes que eu corria ao seu encontro, só para ver você sorrindo. Quem dera você tivesse entendido nos meus ciúmes descontrolados, na minha possessividade infantil. Tava tão na cara, só você não via.
E aí um dia você fez o que eu sempre soube que faria: arrumou suas coisas, me deu um beijo de despedida e foi se perder no mundo. Eu também quis dizer naquele dia. Quis implorar que você ficasse. Quis dizer que eu te amava, quis dizer que eu nunca mais queria ser só sua amiga. Não disse e você se foi.
Hoje, tudo o que eu posso contar da nossa história era o que você vivia repetindo: éramos apenas bons amigos. Foi isso o que fomos, foi isso que você nos permitiu ser, foi o que eu deixei que fôssemos porque não tinha coragem de te dizer. Se eu pudesse voltar no tempo, quem dera eu pudesse ter dito: foi sempre você.

Autoria de Karina Rosa do Blog Depois dos Quinze. 



Tenham uma bela semana, beijos lindjos!

Betina

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