— Isso é sério, mamãe? — A menina a olhou, não acreditando no que ouvira há alguns instantes. — Você realmente não vai reclamar do preço, ou essas coisas?!
— Esse é o teu sonho, não é?! — Ela disse, e a menina assentira. — Então pronto. Eu sei que valerá a pena.
— Eu não… eu não acredito nisso! — Ela disse, enquanto ia até a mãe e lhe abraçava, extremamente feliz. — Eu não sei como eu faria se você não me apoiasse assim.
— Eu vou lhe apoiar sempre. — A mulher sorriu, enquanto beijava a testa da menina delicadamente.
Alguns dias depois, lá estava a mulher. Em baixo de um sol escaldante, um calor que estava prestes a matá-la; e ela nem estava contando com as noites nas quais o frio estava quase a matando; mas estava feliz. Por que a sua frente estava sua menina, gargalhando junto aos amigos.
— Eu vou buscar água pra vocês, ok? Não saiam daqui.
— Mamãe, somos os primeiros da fila; acha mesmo que sairemos daqui?! — A garota riu, enquanto logo viu sua mãe sair, indo em direção ao outro lado da rua.
A noite chegou, e com ela, a euforia tomou conta de todo o estádio.
Todo o esforço valera a pena. Estavam na primeira fileira; na grade, para ser mais exata.
Os olhos da pequena Sara brilhavam tanto, que sua mãe podia ficar a mirá-los pelo resto de sua vida. Era tão bom… Tão gratificante. E ela sabia muito bem que sensação era aquela.
Quando, por fim, o tão esperado show começara, só podiam-se ouvi gritos. Gritos pra lá de desafinados, mas era como uma explosão. Como se toda a ansiedade, a expectativa, e a alegria inexplicável, explodissem na voz de cada um daqueles muitos fãs.
— Meu Deus! Isso foi perfeito demais! — A menina disse, assim que sentou no banco do carro, depois do término do show.
— Gostou? — A mãe lhe sorriu, enquanto colocava o sinto de segurança.
— Como eu poderia não gostar?! É claro que eu gostei. Você realizou meu sonho, mamãe.
— Você merece, ué. Não fiz nada demais. — Ela sorriu, ligando o carro.
— Mãe, meus amigos ficaram encantados com você. Sentiram até invejinha de mim, na verdade. — Ela riu. — Todos queriam uma mãe como você.
Por algum tempo o silêncio tomou conta do carro. A mãe da menina pareceu se perder em pensamentos e Sara pôde perceber.
— Mamãe, você já teve um ídolo?
— Sim, meu amor. — A mulher respondeu, um sorriso em sua face. — Quando eu era da sua idade, eu já tive um ídolo; Um não, três, na verdade. — Ela sorriu mais com a lembrança.
— E quem eram eles? — Ela perguntou, realmente curiosa.
— Eram os Jonas Brothers. Era um grupo; um trio. Eram eles: Joseph Adam Jonas, Nicholas Jerry Jonas e Paul Kevin Jonas II
— E… Eles já morreram?
— Não não… A banda acabou. E isso tem quase vinte anos. — Ela dizia, já sentindo os olhos marejarem. — Depois vieram os trabalhos solos, e por fim, eles acabaram por se aposentar. Mas, eles são irmãos.
— Nossa! — A menina sorriu. — Você fala deles com tanto… Carinho.
— Eles foram e ainda são especiais pra mim, minha filha. Hoje eles já se casaram, tem filhos, assim como eu…
Mas eles me ensinaram tanto, entende? Muitos dos valores que tenho hoje, os tenho por causa deles. — Ela sorriu, enquanto limpava uma solitária lágrima que caía de seus olhos. — Sabe, filha?! Um ídolo é para sempre. O amor, a admiração, a felicidade que eles te proporcionaram, tudo, ficam tatuadas no nosso peito pra sempre; E bom, eu quero apenas que você aproveite toda essa fase. Que ria, que chore, que grite… Em fim, por que eu tenho certeza, que um dia, sua filha também terá um ídolo, e assim como você ouve isso de mim, será a sua vez de falar, e eu espero realmente que você possa dizer entre tantas coisas, o quanto foi feliz. Assim como eu também fui.
own, amei
beijos, Gabi
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